A ação da Codevasf proporciona o desenvolvimento sustentável com a melhoria da qualidade de vida e aumento de renda das famílias.
A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) tem apoiado a atividade de mais de 360 famílias de pequenos produtores rurais no Norte de Minas voltada ao aproveitamento de frutos do cerrado. São disponibilizados freezers, despolpadeira, mesas, liquidificador industrial, entre outros equipamentos, para estruturação de unidades de beneficiamento, adequando-as às exigências sanitárias, além de assistência técnica e consultoria.
Algumas espécies beneficiadas são pequi, baru, coquinho azedo, araticum, buriti, babaçu, maracujá, macaúba, umbu, tamarindo e cagaita. A ação da Codevasf proporciona o desenvolvimento sustentável com a melhoria da qualidade de vida e aumento de renda das famílias atendidas por meio das associações comunitárias de Goiabeira Velha, do município de Lagoa dos Patos; Água Doce e Adjacências, do município de Bonito de Minas; e Comunidade de Salto, do município de Coração de Jesus.
O superintendente da Companhia em Minas Gerais, Rodrigo Rodrigues, esclarece que, além da estruturação das unidades de beneficiamento, há também a necessidade de capacitar os produtores para utilizarem boas práticas, tanto na coleta, quanto no processamento final do produto.
Para tanto, afirma o dirigente, a Codevasf contratou serviços de prestação de assistência técnica visando à melhoria da produção. “Com esse trabalho de orientação técnica, por meio de oficinas, seminários, participação de feiras e outras atividades, a Codevasf capacita o produtor para uma maior profissionalização e, consequentemente, melhoria de qualidade de vida”, destaca Rodrigues.
Para a economista doméstica da Codevasf, Eleniz Lisboa, a produção deve atender às exigências sanitárias e apresentar qualidade e quantidade de acordo com a demanda, o que facilitará o acesso ao mercado consumidor. “Diante dessas exigências, está sendo realizado um trabalho de levantamento do potencial de produção de frutos em campo, melhoria da qualidade e desenvolvimento de novos produtos até o seu preparo final para o mercado consumidor”, explica.
“Com o recebimento de maquinários ea capacitação técnica por meio da Codevasf, podemos aumentar a nossa renda familiar e melhorar nossas condições de vida, pois teremos a certeza de que tudo que colhermos será beneficiado e comercializado. Não precisaremos mais catar o fruto no mato e vender para o atravessador por qualquer preço”, comemora o produtor rural e extrativista Ednardo Pereira de Araújo, presidente da Comunidade de Goiabeira Velha, no município de Lagoa do Patos.
Cadeia produtiva
Segundo a economista doméstica, Eleniz Lisboa, em janeiro, uma empresa contratada pela Codevasf iniciou os serviços da assistência técnica em três unidades de beneficiamento de frutos: Salto, em Coração de Jesus; Goiabeira Velha, em Lagoa dos Patos, e Água Doce, em Bonito de Minas. Esse trabalho envolve visitas técnicas, diagnósticos, elaboração de plano de negócios e capacitação de pessoal.
“Como os trabalhos iniciaram em janeiro, aproveitou-se a safra do pequi, com processamento de vários derivados do fruto. Além disso, os três empreendimentos começaram a participar de feiras, com venda de diversos produtos, como polpas de frutas, castanha, óleo, doce de pequi, conserva de pequi, doce de umbu, bolos, baru, rapadura, entre outros”, explica a economista doméstica.
Ainda como parte das estratégias para estruturação do arranjo produtivo de frutos do cerrado no norte de Minas, técnicos da Codevasf visitaram a Coopcerrado, em Goiânia (GO), e a Central do Cerrado, em Brasília (DF), para conhecer a dinâmica e os processos de capacitação e certificação dos produtos, autogestão, agroindustrialização e comercialização, e estiveram na Embrapa para conhecer o Projeto Bem Diverso.
No último mês de abril, técnicos da Companhia apoiaram e participaram, ainda, do Seminário Construção de Mercados para Alimentos Bons, Limpos e Justos na Região Sudeste do Brasil, realizado pela equipe Sudeste Slow Food, no município de Januária/MG. O objetivo foi proporcionar um espaço de diálogo entre organizações que têm por referência a valorização dos alimentos bons, limpos e justos, de forma a construir estratégias e articular ações voltadas à comercialização dos produtos da agricultura familiar brasileira.
fonte: https://revistacafeicultura.com.br/?mat=66169